segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ingenuidade



Naquele dia tirou os sapatos,
os colocou no canto da sala e voou dali...
Sua janela visionária era alta e seu vôo se fez soprado.

Tinha sonhos adormecidos
e gostava de observar formigas diabéticas pela rua.
E o gosto de gostar era sal de saliva.

A língua na pele do mundo...
Deslizava,
encontrando outros tantos cantos de sala,
E em cada sala sapatos ingênuos.

[Lorranne Gomes e Leandro Caetano]