quarta-feira, 8 de junho de 2011

Perecível


Sou o risco raso

Na carne tua,

A estéril lua

Que lhe ama e convém!

O vôo que vislumbra

A veia talhada.

Eterna caminhada

Entre o não e o porém...

Sou o sangue perecível,

Num instinto pulsante.

O estranho viajante

E a conquista do além.

A cancela do desejo,

no poro, violado.

O gozo anunciado,

Sou o seu réquiem.


[Leandro Caetano]


Fonte da imagem:

http://david-myblogvida.blogspot.com/2010/12/rosa-e-o-espinho.html