quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

uniVerso

O meu verso,
rastro cometa,
traçou o meio céu
gameta
e penetrou as camadas do mundo.
Vagabundo,
ele via a Láctea chuva do alto
e derramou o teu incompreendido querer.
O meu verso,
mistérios carnais,
fisgou os signos astrais
e se viu peixe proibido.
Destemido,
atravessou aquários sujos
de ignorância e temor.
O meu verso,
sangue zodiacal,
num humano ritual,
banhou-se de malícias.
Delícias,
que somente a ingenuidade vem a ser.
Virgem,
Leão, Gêmeos, Escorpião... Quem é você?
(Leandro Caetano - 11.06.2014)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Perecível


Sou o risco raso

Na carne tua,

A estéril lua

Que lhe ama e convém!

O vôo que vislumbra

A veia talhada.

Eterna caminhada

Entre o não e o porém...

Sou o sangue perecível,

Num instinto pulsante.

O estranho viajante

E a conquista do além.

A cancela do desejo,

no poro, violado.

O gozo anunciado,

Sou o seu réquiem.


[Leandro Caetano]


Fonte da imagem:

http://david-myblogvida.blogspot.com/2010/12/rosa-e-o-espinho.html